A Doença de Peyronie é uma condição caracterizada pela formação de placas de tecido fibroso no pênis, o que causa curvatura anormal durante a ereção. Essa alteração pode provocar desconforto, dor e, em casos mais graves, dificuldades na relação sexual. Muitos homens, ao descobrir a condição, acreditam que a cirurgia é a única solução. No entanto, o tratamento da Doença de Peyronie nem sempre exige uma abordagem cirúrgica.
O desenvolvimento da Doença de Peyronie geralmente ocorre devido a pequenos traumas repetitivos no pênis, que levam à formação de cicatrizes. Fatores genéticos, doenças autoimunes e envelhecimento também podem contribuir para o surgimento da condição. Embora a cirurgia seja uma opção em casos avançados, tratamentos menos invasivos podem ser indicados na fase inicial da doença.
Dessa forma, é importantíssimo entender que o acompanhamento médico precoce pode evitar complicações e permitir uma abordagem menos invasiva. Muitos homens se beneficiam de tratamentos que incluem medicações e terapias específicas, ajudando a controlar os sintomas e até mesmo melhorar a curvatura.
Doença de Peyronie: o tratamento nem sempre é cirúrgico
Embora a cirurgia seja indicada em alguns casos, existem diversas opções terapêuticas disponíveis, especialmente para pacientes diagnosticados na fase inicial. Entre os tratamentos não cirúrgicos, podemos destacar:
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Medicações orais: visam a reduzir a inflamação e melhorar assim a flexibilidade do tecido afetado.
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Injeções locais: algumas substâncias são aplicadas diretamente na placa fibrosa, ajudando a dissolver o tecido cicatricial.
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Terapias físicas: dispositivos de tração peniana e exercícios específicos podem reduzir a curvatura e melhorar dessa forma a funcionalidade.
Recomenda-se essas abordagens para pacientes que apresentam sintomas leves ou moderados. Além disso, o tratamento conservador costuma ser mais acessível e envolve menos riscos em comparação com a cirurgia.
Por outro lado, considera-se a intervenção cirúrgica nos casos em que a curvatura do pênis compromete gravemente a qualidade de vida ou quando outras opções não apresentaram resultados satisfatórios. Nessas situações, o médico pode optar por procedimentos como a remoção das placas, enxertos ou a colocação de próteses penianas.
Entretanto, é essencial que os pacientes conversem abertamente com seu médico para entender qual opção é a ideal para seu caso. Cada tratamento tem benefícios e limitações, e o sucesso depende do diagnóstico correto e do acompanhamento especializado.
Qual o momento ideal para tratar?
O momento mais indicado para iniciar o tratamento da Doença de Peyronie depende do estágio da doença e dos sintomas apresentados. Em geral, a condição se divide em duas fases: a fase aguda, quando há inflamação e progressão da curvatura, e a fase estável, em que os sintomas se estabilizam.
Na fase aguda, o foco está em controlar a inflamação e evitar o agravamento da curvatura. Já na fase estável, as opções de correção, como a cirurgia, podem ser mais efetivas. Contudo, é indispensável quese chegue ao diagnóstico o quanto antes.
Homens que percebem alterações no pênis, como dor durante a ereção ou mudança na curvatura, devem procurar um urologista sem demora. O diagnóstico precoce não apenas amplia as possibilidades de tratamento, mas também reduz o impacto da doença na vida sexual e emocional do paciente. Converse com o seu urologista para orientações personalizadas.