No homem o ato sexual culmina com o orgasmo e ejaculação. A atividade sexual gera impulsos nervosos constantemente ao cérebro e há uma intensa intercomunicação entre neurotransmissores como a dopamina e a serotonina. Durante o clímax que acontece no cérebro é desencadeado um reflexo em que há a contração cíclica da musculatura pélvica e da próstata e que propulsiona o sêmen a ser expelido. Essas contrações associadas à passagem de sêmen pelos canais internos costumam ser extremamente prazerosas e por isso distúrbios no normal funcionamento desse processo costumam causar muito incomodo a pacientes e casais.
Nos dois extremos do problema encontramos a ejaculação precoce e a ejaculação retardada.
O tempo médio de relação sexual varia entre 5 e 7 minutos. Por definição a ejaculação precoce é diagnosticada quando o tempo entre a penetração e a ejaculação é inferior a 1 minuto, associado a uma capacidade inadequada de controle e levando a uma insatisfação por parte do homem ou casal. No entanto, em alguns cenários, o tempo de ejaculação inferior a 3 minutos também pode ser considerado ejaculação precoce.
Esse distúrbio sexual é um dos problemas sexuais mais comuns entre os homens e é uma das principais causas que motiva homens a procurar o urologista. Estima-se que pelo menos cerca de 20% dos homens sofra ou vá sofrer com esse problema em algum momento da vida.
Diante desse problema, é necessário uma avaliação andrológica completa para definição das possíveis causas e/ou fatores agravantes. Má qualidade das ereções também é um fator que comumente está associado a ejaculação precoce, pois com receio de perder a ereção há uma aceleração do processo de orgasmo de forma consciente ou inconsciente.
Existem diferentes pilares do tratamento que envolve medicamentos (cremes e comprimidos), terapia sexual com psicólogo ou psiquiatra e exercícios pélvicos para auxiliarem no controle do problema. Um dos maiores problemas da ejaculação precoce é que homens tendem a minimizar as consequências deletérias dessa condição e deixam para procurar ajuda já em casos extremos, frequentemente quando já há desgaste significativo do relacionamento e da autoestima masculina. Por isso, ao identificar o problema procure atenção especializada o quanto antes.
Ao contrário da tão conhecida ejaculação precoce, a ejaculação ou orgasmo retardado ocorre quando o paciente tem dificuldades em atingir o clímax na maiorias das vezes em que se engaja no ato sexual. Apesar de menos frequente, causa desconforto significativo em pacientes e casais, sobretudo porque muitas vezes é interpretado como falta de interesse sexual na(o) parceira(o).
Na avaliação andrológica, fatores contribuintes para o problema podem ser identificados como: problemas hormonais, alterações na sensibilidade do pênis, uso de medicamentos que interferem no orgasmo, excesso de masturbação e/ou problemas de ordem psicológica.
Infelizmente, o tratamento dessa condição é bem mais desafiador que a ejaculação precoce, e atendimento com especialistas na área pode fazer a diferença. Em linhas gerais, a terapia deve ser direcionada para a causa base, daí a importância de uma avaliação bem feita. Medicamentos de ação no sistema nervoso central podem ser utilizados como terapia complementar em casos selecionados, pois de uma maneira geral os resultados quando utilizado de forma indiscriminada não é satisfatório.
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