Fimose tem tratamento, e a boa notícia é que, em muitos casos, a solução é simples e eficaz. A condição, caracterizada pela dificuldade em expor a cabeça do pênis devido ao excesso de pele no prepúcio, pode causar desconforto e complicações se não for tratada corretamente.

Embora a fimose seja comum em bebês e crianças, ela também pode afetar adolescentes e adultos, exigindo acompanhamento médico para evitar infecções e outros problemas de saúde. Neste artigo, explicamos os sintomas, causas e os melhores tratamentos disponíveis para essa condição.

O que é fimose?

A fimose ocorre quando o prepúcio (pele que cobre a glande) não pode ser retraído completamente, dificultando a exposição da cabeça do pênis. Essa condição pode ser congênita, ou seja, presente desde o nascimento, ou adquirida ao longo da vida devido a infecções ou inflamações.

Normalmente, em bebês e crianças pequenas, a fimose pode se resolver de forma natural até os quatro anos de idade. No entanto, quando persiste ou causa sintomas incômodos, pode ser necessário um tratamento específico.

Quais são os sintomas da fimose?

Além da dificuldade em expor a glande, a fimose pode provocar outros sintomas, como:

• Dor ou ardência ao urinar;

• Infecções frequentes na região genital;

• Sangramento no prepúcio ou na glande;

• Irritação e inflamação local.

Nos adultos, a fimose pode causar dores durante as relações sexuais e aumentar o risco de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Além disso, ela também é considerada um fator de risco para o câncer de pênis, tornando o tratamento ainda mais essencial.

Quais são os tipos de fimose?

A fimose pode ser classificada em dois tipos principais:

Fimose congênita

Esse tipo de fimose é natural e ocorre desde o nascimento. Em muitos casos, o próprio corpo solta gradualmente a pele do prepúcio, permitindo que a glande fique exposta com o tempo. Entretanto, quando isso não acontece até os quatro anos, o acompanhamento médico se torna necessário para avaliar a necessidade de tratamento.

Fimose secundária

Esse tipo pode surgir em qualquer idade e geralmente é causado por infecções, inflamações ou até lesões na região genital. Em alguns casos, cicatrizes e aderências tornam a retração do prepúcio ainda mais difícil, exigindo uma abordagem médica para solucionar o problema.

Quais são os graus de fimose?

A fimose pode variar em gravidade, sendo classificada em cinco graus:

• I: O prepúcio pode ser puxado parcialmente, mas com dificuldade para expor a base da glande.

• II: A pele não passa pela parte mais larga da glande.

• III: Apenas a saída da uretra fica visível.

• IV: O prepúcio cobre completamente a glande, mas ainda permite uma leve mobilidade.

• V: A pele é rígida e impede qualquer retração, dificultando a higiene e aumentando o risco de infecções.

Assim, quanto maior o grau da fimose, maior a necessidade de intervenção médica para evitar complicações.

Quais são as causas da fimose? Entenda os fatores de risco e como o tratamento pode resolver o problema.

A fimose pode ter diferentes causas, dependendo do tipo e da idade do paciente. As principais incluem:

• Fatores genéticos: algumas crianças já nascem com essa característica e podem precisar de acompanhamento médico.

• Má higiene genital: além disso, a falta de limpeza adequada pode favorecer inflamações e infecções, levando ao estreitamento do prepúcio.

• Infecções recorrentes: inflamações frequentes na região peniana podem gerar cicatrizes, dificultando a retração da pele.

• Assaduras e irritações: nesse sentido, bebês que sofrem com assaduras constantes podem desenvolver aderências na pele do prepúcio.

Contudo, independente da causa, a avaliação médica é essencial para definir a melhor abordagem de tratamento.

Fimose tem tratamento? Como resolver o problema?

Sim, a fimose pode ser tratada de diferentes formas, dependendo da gravidade do caso. Desse modo, o tratamento pode incluir:

1. Pomadas à base de corticoide

Nos casos mais leves, o médico pode indicar pomadas específicas para estimular a retração da pele de forma gradual. Desse modo, esse tratamento costuma ser eficaz quando a fimose não é muito severa e pode evitar a necessidade de cirurgia.

2. Cirurgia de fimose (Postectomia)

Contudo, quando a pomada não resolve ou a fimose é mais grave, o tratamento recomendado é a postectomia, um procedimento cirúrgico simples que remove o excesso de pele do prepúcio.

Como funciona a cirurgia?

• O paciente recebe anestesia local ou geral, dependendo do caso;

• O médico realiza a remoção da pele que impede a exposição da glande;

• O cirurgião coloca um curativo para proteger a área operada.

A recuperação é rápida, mas pode haver leve dor ao urinar e pequenos sangramentos nos primeiros dias. Após uma semana, o paciente retorna ao consultório para acompanhamento e retirada dos pontos, caso necessário.

Fimose tem tratamento! Saiba como é o pós-operatório da cirurgia

Após a cirurgia, é importante seguir algumas recomendações para garantir uma recuperação tranquila:

• Higienizar a região com cuidado e conforme orientação médica;

• Evitar esforços físicos intensos nos primeiros dias;

• Não ter relações sexuais ou masturbação por cerca de 30 dias;

• Utilizar pomadas cicatrizantes e analgésicos, se necessário.

Além disso, a maioria dos pacientes retorna às atividades normais em poucos dias, com melhora significativa dos sintomas e maior conforto na higiene íntima.

Fimose tem tratamento! Quando procurar um médico?

Desse modo, se você ou seu filho apresentam sinais de fimose, é importante procurar um especialista para avaliar a necessidade de tratamento. Isso porque, quanto antes o médico fizer o diagnóstico, maiores serão as chances de evitar complicações.

Nos casos mais leves, um acompanhamento médico pode ser suficiente para monitorar a evolução. No entanto, se houver dor, infecções recorrentes ou dificuldades na higiene, a intervenção médica se torna essencial.

Fimose tem tratamento, e as opções variam desde o uso de pomadas até a cirurgia de postectomia. Embora muitos casos se resolvam naturalmente na infância, a persistência da condição pode causar desconforto, infecções e até mesmo problemas durante a relação sexual.

Portanto, se você tem dúvidas sobre o tratamento da fimose, procure um especialista para avaliação e escolha da melhor abordagem para o seu caso.