Há um número crescente de homens buscando um incremento na longevidade e qualidade de vida. Nesse contexto a terapia de testosterona (T) tem atraído milhões de homens em todo o mundo. Infelizmente há profissionais com qualificação duvidosa recomendando o tratamento hormonal sem critérios bem definidos. Realmente muitas das vantagens oferecidas com esse tratamento são bem sedutoras: aumento da libido, aumento da massa muscular e ganho em definição, aumento dos níveis de energia e de concentração, etc. Por outro lado, há uma grande porcentagem de homens que necessitam dessa terapia e acabam por não recebê-la devido a preocupações desnecessárias em torno do desenvolvimento do câncer de próstata e eventos cardiovasculares.
A terapia de testosterona é indicada para pacientes com síndrome da deficiência de testosterona, caracterizada pela comprovação bioquímica da deficiência androgênica (2 exames de testosterona total < 300 ng/dL colhidos antes das 10:00 da manhã e em laboratórios confiáveis) e presença de sinais ou sintomas como os seguintes: queixas sexuais, redução dos níveis de energia, piora do humor, irritabilidade, aumento repentino de peso, perda de massa muscular e densidade mineral óssea, aumento da resistência insulínica, diminuição da produtividade no trabalho, entre outros.
O tratamento medicamentoso inclui testosterona exógena através de gel ou injetáveis ou medicações que aumentem a produção endógena. Antes de se iniciar terapia, homens devem ser avaliados quanto ao desejo de ter filhos no futuro, pois pode haver comprometimento dessa capacidade. Pacientes devem ainda ser monitorados regularmente para adequação da dose e prevenção de efeitos como aumento dos glóbulos vermelhos do sangue e aumento dos níveis de hormônios femininos. Em indivíduos com antecedentes de câncer de próstata, atenção redobrada é necessária, pois pode haver implicação na dinâmica do acompanhamento oncológico.
Existem muitos mitos e exageros na correta aplicação dessa terapia. É fundamental que haja uma escolha criteriosa de um profissional habilitado, pois o estabelecimento de expectativas realísticas devem ser realizadas desde o primeiro momento. Testosterona em comprimidos simplesmente não devem ser utilizada, pois não são eficazes e tem risco de danificar o fígado. Quando mal indicada ou em casos de abuso pode haver consequências catastróficas como aumento da mortalidade, desenvolvimento de alterações cardíacas, atrofia testicular irreversível, dependência química e psicológica e desenvolvimento de transtornos psiquiátricos.
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