A vasectomia é o processo de esterilização masculina, é um procedimento cirúrgico de pequeno porte feito com anestesia local e sedação. O método tem a maior taxa de sucesso na prevenção de gravidez (99%) e é considerado definitivo. Apesar disso, ela pode ser revertida através da reconstrução dos ductos deferentes de cada lado, através de um novo procedimento cirúrgico.
A cirurgia é simples, dura entre 30 e 35 minutos, e deve ser feita por um médico urologista em um hospital ou clínica. O paciente geralmente recebe alta no mesmo dia.
Os pequenos ductos deferentes que transportam o esperma são identificados logo abaixo da pele. Através de uma pequena incisão de cada lado da bolsa escrotal, os ductos deferentes são cortados e bloqueados por fios de sutura. Dessa forma os espermatozoides não são emitidos durante a ejaculação.
Existem dois tipos de vasectomias: o método com incisão e o método não-bisturi (sem corte). Os métodos não cortados reduzem o risco de infecção e outras complicações e, em geral, levam menos tempo para curar.
• Sêmen: líquido ejaculado que contém os seguintes componentes: espermatozoides, fluido seminal, fluido da próstata e muco da uretra.
• Espermatozoides: células produzidas nos testículos com a capacidade de fecundar um óvulo feminino. Carrega as informações genéticas do homem.
• Testículos: órgãos alojados na bolsa escrotal com a função de produzir espermatozoides e testosterona.
• Epidídimo: reservatório de espermatozoides que repousa acima dos testículos.
• Ductos deferentes: canal de transporte dos espermatozoides dos testículos até a uretra.
• Após a vasectomia, o paciente não notará alteração na consistência ou volume da ejaculação.
• Uma vez que o liquido ejaculado não mais conterá espermatozoides, não há mais a possibilidade de gravidez, mesmo com ejaculação no interior da vagina.
• A sensibilidade e a intensidade do orgasmo também não é afetada.
• A vasectomia não diminui a libido e nem dificulta a ereção do pênis.
• Nos 3 meses após a vasectomia é necessário manter os métodos contraceptivos pois os espermatozoides podem permanecer vivos nos ductos deferentes e vesículas seminais por até 120 dias.
• Após esse período, o urologista solicitará um espermograma para ter certeza que já não existem espermatozoides vivos no ejaculado.
No Brasil, a esterilização cirúrgica está regulamentada por meio da Lei nº 9.263/96, que trata do planejamento familiar, a qual estabelece no seu artigo 10 os critérios e as condições obrigatórias para a sua execução. De acordo com a referida Lei, somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações:
I – em homens ou mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce;
II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório e assinado por dois médicos.
A legislação federal impõe como condição para a realização da esterilização cirúrgica, o registro da expressa manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes.
A legislação federal estabelece, ainda, que, em vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges.
Top, atencioso e efetivo. Explicou perfeitamente e entendeu... Ver todas as opiniões (22)